Foi realizado no último dia 14 de janeiro o início do embarque do primeiro navio do Tiplam (Terminal Integrador Portuário Luiz Antonio Mesquita), porto que está sendo ampliado pela VLI na área continental de Santos. A operação teve duração de três dias, por ser o primeiro navio na nova estrutura, e embarcará carga de 28 mil toneladas de milho da Bunge, uma das principais empresas de agronegócio e alimentos do país.
Localizado no Canal de Piaçaguera, o Tiplam é um projeto cujos investimentos giram em torno de R$ 2,7 bilhões. Sua ampliação pela VLI teve início em 2013 e é considerada a maior obra portuária em curso hoje no país - em dezembro chegou a 95% concluída. Atualmente, o Tiplam movimenta 2,5 milhões de toneladas atuais de produtos importados, como enxofre e fertilizante. O projeto de ampliação tem o objetivo de capacitar o porto para exportar granéis agrícolas, além de aumentar a capacidade de recebimento das cargas já operadas. Quando for totalmente entregue, no primeiro semestre de 2017, vai agregar à Baixada Santista capacidade extra de 12 milhões de toneladas por ano em exportação de grãos e açúcar e importação de fertilizantes e enxofre, alcançando 14,5 milhões de toneladas de movimentação em sua estrutura.
“É um momento histórico para a VLI e para a infraestrutura do país. O Tiplam representa uma nova alternativa logística para o escoamento da produção agrícola do país, com foco na agilidade, já que toda a cadeia está integrada à ferrovia”, afirma Fabiano Lorenzi, diretor comercial da VLI.
O carregamento para a Bunge, neste sábado, será também o primeiro que contempla toda a transformação realizada pela VLI no chamado Corredor Centro-Sudeste, uma importante rota de escoamento de granéis agrícolas que, ligado pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), recebe no Terminal Integrador de Uberaba, Triângulo Mineiro, carga das regiões produtoras do Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, e chega ao Tiplam, que possui acesso exclusivo por ferrovia, diminuindo gargalos na chegada ao porto. Os investimentos neste corredor chegam a R$ 4 bilhões.
Essa integração, somada a soluções logísticas implementadas no Tiplam, possibilitam que a redução no tempo total da cadeia, desde o carregamento no terminal de transbordo até o descarregamento no porto, chegue a 70%. Essas soluções contam com dispositivos como a moega ferroviária, estrutura de 14 metros para descarregamento das cargas dos trens que tem sua maior parte sob à linha férrea, abaixo do nível do mar. Chegada a composição, os vagões são abertos por baixo e a carga é descarregada, sendo direcionada pelas correias transportadoras até os armazéns ou diretamente para os navios.
Outra estrutura que possibilita agilidade no acesso ao terminal é a pera ferroviária, uma solução logística em que a linha férrea é instalada em formato circular, o que permite o transbordo das cargas sem a necessidade de desmembramento do trem, aumentando a eficiência das manobras de entrada e saída dos terminais e reduzindo o tempo de descarga das composições férreas.
Estrutura
Com previsão de ser entregue totalmente no primeiro semestre de 2017, o Tiplam contará com grande infraestrutura para armazenagem de produtos, além de carregamento, descarregamento e atracação de navios.
Serão quatro berços de atracação, sendo um para embarque de açúcar, um para embarque de grãos e dois para descarga de fertilizantes. Além disso, o terminal conta hoje com dois pátios para fertilizantes, com capacidade para 60 mil e 66 mil toneladas. Quando estiver totalmente concluído, o Tiplam terá dois para armazéns de grãos, um de açúcar e outro que pode abrigar tanto açúcar quanto grãos.
Fonte:VL!
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