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terça-feira, 5 de setembro de 2017

Tráfico Internacional de Drogas

O Porto de Santos foi o principal alvo de uma operação da Polícia Federal (PF), em todo o Brasil, para prender integrantes de organizações criminosas responsáveis pelo tráfico internacional de cocaína.  Na Baixada Santista, 28 mandados de prisão, resultando em 20 pessoas presas na região (Santos, Guarujá, Bertioga e São Vicente e Praia Grande) - os nomes não foram divulgados pela PF.
Os acusados presos atuavam em empresas do cais santista e teriam facilitado a entrada dos traficantes nos terminais, liberando a passagem dos veículos carregados com cocaína, virando câmeras de monitoramento e apagando luzes para dificultar identificações futuras. Há também tripulantes de navios que ajudavam os criminosos.
Os suspeitos também auxiliavam as quadrilhas a colocar drogas dentro de contêineres com cargas lícitas, que tinha como destino países da Europa. A fiscalização da Receita Federal de Santos foi fundamental para a coleta de provas contra os envolvidos.

Alguns funcionários atuavam como aqueles que levam a droga para dentro do Porto. Outros, com a droga já dentro do terminal, levavam até o navio. São fases distintas do transporte da droga até o navio. Tripulantes também participavam, alguns foram presos em flagrante durante a investigação”, explicou o delegado da PF, Agnaldo Mendonça Alves. .
Vigilante facilitando á entrada de um carro carregado de drogas

A denominada Brabo, a operação da PF cumpriu 190 mandados de busca e apreensão no País (Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal e São Paulo) e 127 mandados de prisão. No total, 73 pessoas foram localizadas e presas no Estado de São Paulo (dois estrangeiros, sérvios), 1 em Minas Gerais e 1 em Brasília. Cinco armas, três quilos de cocaína e documentos falsos foram encontrados durante as diligências. Mais de 800 policiais foram destacados para o trabalho.
Segundo a PF, o tráfico de cocaína não era comandando apenas por uma quadrilha, várias células criminosas usavam o Porto de Santos para despachar a droga para países europeus. A facção Primeiro Comando da Capital (PCC) é uma delas. Todos os grupos agiam com a conivência dos funcionários dos terminais ou tripulantes dos navios, que eram comprados.
“Em alguns momentos eles conseguem introduzir a droga nos navios sem participação de pessoas nos terminais, através do içamento. Desta forma, quando é feito do mar para os navios, não tem participação de pessoas dos terminais, mas de tripulantes ”, detalhou Alves.
O início do trabalho da polícia brasileira foi em conjunto com a DEA (agência de combate ao tráfico de drogas dos Estados Unidos). Durante a investigação, que durou um ano, a Receita Federal e a PF apreenderam aproximadamente seis toneladas de cocaína. Foram 14 apreensões em Santos, Salvador (BA) e Itajaí (SC). Neste período, carregamentos da droga que saíram do Brasil foram apreendidos em portos da Bélgica, Inglaterra, Itália e Espanha.
Segundo a investigação, a cocaína não é produzida no Brasil, vem de países como Colômbia, Bolívia e Peru por aeronaves ou caminhões, segue para ser armazenada em São Paulo e depois é remetida ao Porto de Santos para ser exportada.
Fonte: Atribuna

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