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sábado, 5 de março de 2016

PRÍNCIPE DE ASTURIAS 100 anos


100 anos do naufrágiu do PRÍNCIPE DE ASTURIAS  


O Príncipe de Asturias foi um navio transatlântico operado pela companhia espanhola Pinillos Izquierdo y Cia., encomendado para fazer a linha regular de passageiros e cargas entre Barcelona e Buenos Aires, passando por CádisLas Palmas de Gran CanariaIlhas CanáriasRio de JaneiroSantos e Montevidéu. Após ser construído, em 1914, era considerado o transatlântico mais luxuoso da Espanha, junto a seu irmão gêmeo, o paquete Infanta Isabel.
Foto acima do Capitão José Latina
No início do século XX, a Pinillos y Isquierdo era uma das maiores companhias de navegação da Espanha. Em 1910, a companhia lança o navio Infanta Isabel e 2 anos depois, seu irmão gêmeo, o Príncipe de Asturias, que era uma versão melhorada. Ambos foram construídos nos estaleiros Kingston, pela Russel & Co., sob supervisão da Pinillos. O Príncipe de Asturias tinha casco duplo em toda a sua extensão, com compartimentos estanques e compartimentos de lastro que podiam ser enchidos ou esvaziados facilmente, proporcionando uma estabilidade maior em qualquer situação.

Além de ser um navio potente e moderno, o Príncipe de Asturias era luxuoso. Havia uma biblioteca para uso exclusivo dos passageiros, em estilo Luís XVI com estantes de mogno e assentos de couro. A cobertura superior servia como espaço de lazer, com bancos e cadeiras, e nela existiam vidraças coloridas que protegiam do vento. O restaurante era decorado com painéis de carvalho japonês e quadros com molduras de nogueira. Havia também com uma cúpula coberta com vitrais coloridos, pela qual se podia desfrutar da luz natural durante o dia. O navio contava com um salão de música que podia ser acessado pelo salão de entrada, onde havia uma grande escadaria com laterais e corrimãos trabalhados em madeira. O chão do salão de entrada era decorado com tapetes persas, que eram usados como pista de dança. Um piano havia sido construído especialmente para ser tocado a bordo.


Local do Naufrágio do Príncipe de Asturias

Em 6 de março de 1916, o navio se dirigia ao porto de Santos, fazendo sua sexta viagem à América do Sul. Levava oficialmente 588 pessoas entre passageiros e tripulantes, embora houvesse a informação de que cerca de 800 imigrantes viajavam clandestinamente nos porões, fugindo da I Guerra Mundial. Entre as cargas importantes, o navio levava 12 estátuas de bronze (que fariam parte do monumento La Carta Magna y las Cuatro Regiones Argentinas, em Buenos Aires) e uma suposta quantia de 40 000 libras em ouro.  Chovia forte e a visibilidade era baixíssima, quando, por volta das 4h20 da madrugada, o comandante, José Lotina, viu um raio, que indicou o quão próximo o navio estava da terra. Ele ordenou toda a foça a ré e que o leme fosse desviado completamente para boreste (direita), mas era tarde demais. O navio bate violentamente nos rochedos na Ponta do Boi na Ilhabela, no litoral de São Paulo e afunda em cerca de 10 minutos. Em um dos piores naufrágios da história do Brasil, oficialmente 445 pessoas morrem e apenas 143 sobrevivem.

Nome  -   Principe de Asturias
Construção    -    1914
Bandeira    -    Espanha Bandeira da marinha que serviu
Comprimento    -    150 m
Boca    -   19 m
Tipo    -    Transatlântico
Estaleiro    -    Russel & Co. , Glasgow - Escócia 
Armador  -   Pinillos, Isquedo & Co.
Propulsão   -  Duas hélices movidas por um motor de expanção quádrupla, com potencia nominal de 1134 HP
Velocidade    -     18 nós



Uma das pás da hélice extraída durante os trabalhos de resgate

Local do Afundamento

Local: Ilhabela / São Paulo / Brasil
Posição: Ponta da Pirabura, ao lado da lage da Pirabura.
Latitude: 23º 56.72 ´ sul
Longitude: 045º 13.66 oeste
Profundidade: mínima 20 metros , máxima  50 metros
  

Fotos: Leituras da Hístoria / Wikipédia / Naufrágios do Brasil
Texto: Leituras da Hístoria / Wikipédia / Naufrágios do Brasil

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