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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Porto de Santos poder ganhar novo terminal

A Santorini Terminais e Armazéns Gerais, do Grupo Empresa Brasileira de Terminais e Armazéns Gerais (EBT), prepara a implantação de um terminal privado no Porto de Santos, destinado à movimentação de granéis e produtos florestais, especialmente celulose. Conforme o projeto, o empreendimento poderá operar 26 milhões de toneladas anuais, ampliando em 20% a capacidade de carga do cais santista, e aposta, principalmente, nas ferrovias para transportar mercadorias entre a região e o interior do País.

Investimento de R$ 480 milhões, o terminal será construído em um terreno do grupo no bairro Guarapá, na Área Continental de Santos, na altura do Km 74 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni, na zona retro portuária. Com essa localização, as mercadorias vão chegar ou sair da unidade sem passar por áreas urbanas (veja no mapa ao lado). O embarque e o desembarque de cargas ocorrerão com o auxílio de dutos e um sistema de correias transportadoras, que vão ligar a instalação até dois berços da Ilha Barnabé, na Margem Esquerda do Porto.



LOCAL DO FUTURO TERMINAL DA SANTORINI



As características do terminal e seus impactos no ecossistema da região serão debatidos amanhã, às 17 horas, em uma audiência pública a ser realizada no auditório da Faculdade de Direito da Universidade Católica de Santos (UniSantos). O evento, aberto à população, é promovido pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente (Consema), para a apresentação do Estudo e do Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) do projeto. A atividade integra o processo de licenciamento ambiental do empreendimento, que tramita na Cetesb.

Conforme os detalhes apresentados no Rima, o empreendimento contará com quatro instalações retro portuárias: uma para a movimentação de granéis sólidos vegetais, como açúcar e soja; outra para a operação dos granéis líquidos, caso de óleo diesel, gasolina, álcoois e acetatos; uma terceira para os produtos florestais; e um pátio de estacionamento com 130 vagas para caminhões, para uso exclusivo da empresa.

Esse pátio será complementado com áreas para estacionamento intermediárias, construídas nas proximidades dos armazéns de granéis sólidos e de produtos vegetais. No total, haverá 230 vagas para veículos de carga e passeio.


GRANÉIS SÓLIDOS

A instalação para granéis sólidos vegetais contará com oito armazéns, que serão utilizados principalmente para cargas de exportação. Três serão reservados para carregamentos de açúcar, outros três para outros tipos de granéis sólidos vegetais (como soja) e mais dois para granéis sólidos diversos. Essa segmentação busca atender o plano de negócios do terminal, que prevê a operação de cargas de importação, como outros grãos vegetais (como trigo) e, “eventualmente”, adubos e fertilizantes em geral.

Esses armazéns terão acesso tanto rodoviário como ferroviário. A expectativa da empresa é operar 70% de seus carregamentos de granéis sólidos com ferrovia e 30% por rodovia. Por esse motivo, está prevista a construção de uma pera ferroviária (linha férrea com a forma de uma elipse, de modo a facilitar a descarga e as manobras de trens) ao redor dos oito armazéns. Ela poderá receber, simultaneamente, três composições com até 1,5 quilômetro de extensão, cada uma. A parte de granéis líquidos contará com 28 tanques, capazes de armazenar 86 mil metros cúbicos e terá acessos rodoviário e ferroviário.

LIGAÇÃO AÉREA

Para o embarque ou o desembarque dos granéis, as instalações retro portuárias serão ligadas até os berços da Ilha Barnabé por meio de um sistema de esteiras e tubulações. Serão 15 linhas de dutos para a movimentação de granéis líquidos e quatro de correias para o material sólido, todas aéreas. Elas serão montadas sobre uma estrutura metálica, que ficará a 10,5 metros de altura – dessa forma, não irá afetar as vias ferroviárias e rodoviárias que atravessar. A estrutura terá uma extensão de 3.368 metros e uma largura de 4,15 metros.

A unidade para produtos florestais contará com um armazém de 75 mil metros quadrados, podendo receber cargas de exportação por ferrovia e rodovia. Diferente dos granéis, esses produtos serão levados até o cais pela estrada de acesso à Ilha Barnabé. Conforme o Rima, o empreendimento poderá movimentar carga geral não conteinerizada, como celulose, bobinas de papel, madeira compensada, metais não metálicos, produtos siderúrgicos e cargas de projeto. Mas seu foco serão os produtos florestais, especificamente a celulose.

Fonte/imagem: Jornal Atribuna

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